domingo, 15 de agosto de 2010

DEVANEIO

3:40 AM

O céu diz: Aos que desejarem o ódio, morrerão na guerra. Aos que buscarem a serenidade, enfim será salvo.


3 horas antes

A luz se distancia, aquele horizonte já se foi.
E na ausência de luz, o que há é apenas escuridão.
A dona do ventre se acalenta, e os olhos dela já não conseguem segurar.
- Não chore minha mãe, o que você quer que eu faça?
- Apenas não veja o sol nascer.

Desci as escadarias e encontrei minha amada. Com outro.

- Não me olhe com essa cara de espanto, você já não me importa mais. O mundo está acabando, dessa vez não vou te tratar.

''Alguma vez eu teria que tomar essa atitude.''

Mar de escuridão. Pupilas dilatadas.
Uma flor nasce.
A única do jardim de espinhos e folhas secas.
Tão brilhante, que, pareceu ser polida por um pano folhado à ouro.
Ela cresce uns quatrocentos metros por segundo.
Todas suas pétalas se abrem, e abraça o mundo de tal forma que todo seu feixe de luz clareie ao redor.

Uma voz imensurável e sublime diz:

Aos que desejarem o ódio, morrerão na guerra. Aos que buscam a serenidade, enfim será salvo.

Acordei.

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